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Indústria Salineira

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História do Sal

 

A palavra sal vem do vocabulário grego hals, halos, que tanto significam sal como mar. Da mesma raiz se deriva a palavra halita, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos naturais.O Cloreto de Sódio, que existe abundantemente na natureza, é conhecido como sal comum. O Sal é de uso antiguíssimo. Os Romanos consideravam-no como símbolo de sabedoria. Ainda hoje, um dos principais acessos de Roma chama-se "Via Salaria", era por esse caminho que chegavam as caravanas trazendo sal para a capital do Império. Eram as medidas de sal que se pagavam o trabalho dos obreiros, donde a palavra salário, usada ainda entre nós.

A palavra sal vem do vocabulário grego hals, halos, que tanto significam sal como mar. Da mesma raiz se deriva a palavra halita, dada ao Cloreto de Sódio encontrado em depósitos naturais, que é o sal gema.

As Jazidas de sal gema descobertas no Brasil, encontram-se nos Estados de Sergipe, Alagoas e Amazonas. Todos os mares do mundo contêm Cloreto de Sódio em solução, misturado com outros sais, dos quais os principais são: Sulfato de Cálcio, Sulfato de Magnésio, Carbonato de Cálcio; Cloreto de Magnésio, Cloreto de Potássio, Brometo de Potássio. Para se construir uma salina são necessárias três condições básicas que são estas: Proximidade contígua ao mar, topografia adequada, condições climáticas favoráveis.

Podemos citar pontos mais remotos da sua utilização, como informam alguns autores, secundados por boa documentação, o que o seu uso na Europa data de mais de cinco mil anos, tendo sido utilizado inicialmente no preparo do trigo e do centeio. O seu comércio foi objeto de legislações especiais na Ásia e na África. Na China, há cerca de quatro mil anos, era ele considerado como de extraordinária expressão para o interesse da coletividade. A primeira fortuna capitalista, a dos Stroganon, teve como base a exploração, no século XVI, das jazidas de sal de Moscovia. Homero conta de Nereus, rei do Mar, deu sal como presente de casamento a Peleus.

Desde a antiguidade, esta dádiva dos deuses está associada tanto à religião quanto à bruxaria. No Velho Testamento, o Livro dos Reis vangloria as qualidades purificadoras do sal. Entretanto, o sal também trazia desgraça - um salmo relata que Deus podia transformar rios em desertos e terra fértil em pântano de sal, como castigo pela crueldade dos seus habitantes. E em Juizes, 9:44, Albimilech capturou a cidade de Shechem, matou as pessoas que ali se encontravam, arrasou a cidade e semeou-a de sal. E, ainda transformou a mulher de Lot em estátua de sal quando esta se voltou para olhar a destruição de Sodoma e Gomorra.

O Novo Testamento apresenta o sal de modo mais positivo. No Sermão da Montanha. Jesus declara que vós sois o sal da terra; mas se o sal tiver perdido o seu sabor, com o que haveremos de salgar? Então não serve para nada. senão para ser jogado fora. Os Livros de Mateus e Marcos fazem alusão ao sal como dádiva da terra. Na Idade Média, os alquimistas usavam o sal como elemento entre o Mercúrio e o Enxofre e era, portanto, essencial à transmutação de metais. O sal também tinha o poder de manter afastados o demônio e as bruxas. Na verdade, uma pessoa que comia alimentos sem sal era considerada altamente suspeita. A Última Ceia, de Da Vinci, retrata um saleiro derramado perto de Judas, apontando a sua traição. Quando o homem neolítico decidiu cozinhar a sua carne e adicionar vegetais e mingau de aveia à sua dieta básica, ele teve que adicionar sal para compensar o sal que existe naturalmente em carnes cruas.

Os povos neolíticos não tinham técnicas de mineração, porém, o sal era fácil de ser encontrado. Por volta de 800 anos antes de Cristo, a civilização Halstatt, na Áustria de hoje, escavava sal e o comércio desse produto primário muito necessário se espalhou por toda a Europa Central. Na África do Norte, durante o mesmo perÍodo, o sal era extraído de lagos salgados, utilizando-se de técnicas que ainda hoje são usadas. Na Idade Média, o sal era essencial para a preservação dos alimentos, portanto, foi o freezer de nossos ancestrais. Muito antes, pescadores Holandeses tinham aprendido a usar sal para preservar o arranque, proporcionando, desse modo, uma fonte de peixe durante o ano inteiro para as populações européias. Pouco tempo depois, apareceu o bacalhau salgado. Já que era tão precioso quando vital, o sal tornou-se um meio de controle político e econômico.

Em 1340, Phillippe VI, da França, criou um monopólio estatal para o sal e instituiu o odiado gabelle, imposto sobre o sal que era aplicado de modo injusto - a taxa variava de 1 a 20, dependendo da região. O imposto terminou sendo abolido em 1791. Não haveria vida humana sem Cloreto de Sódio (Sal de Cozinha). Escavado desde os tempos neolíticos, o sal emergiu rapidamente como poderoso instrumento econômico e político. Hoje em dia, é uma das matérias-primas mais corriqueiras e abundantes da terra. Encontra-se no mar, na terra e em Pântanos, e pode até mesmo ser fabricado. Já foram contados 14 mil usos de sal, sem incluir o seu papel simbólico no inconsciente coletivo.

O Brasil, em 1937, era um dos maiores produtores de sal do mundo. Entre nós, já era conhecido de várias tribos Indígenas, mas o seu consumo somente tomou vulto a partir dos fins do século XVII, como reflexo das atividades da mineração e o desenvolvimento da pecuária. Vale lembrarmos que em nossa História, tivemos o ciclo de couro, e que o sal está muito ligado a ele. As salinas de Mossoró e do Ceará, só foram descobertas durante a Guerra Holandesa. Em São Paulo, por vista de 1710, Bartolomeu de Faria, indignado com a exploração dos comerciantes de sal, assaltou os depósitos do produto de Santos, apoderando-se da mercadoria e vendendo-a a todos que desejavam comprá-la, por preço justo na época, depois pagando honestamente, aos ambiciosos proprietários (contratadores). Nessa época, nas zonas de mineração, os brasileiros chegaram a pagar 500$000 por alqueire de sal, quando igual quantidade em Portugal custava apenas 53 réis. Já foram criados no Brasil vários órgãos, através dos tempos, com a finalidade de organizar e ordenar a sua comercialização, preço, qualidade, etc. Citaremos alguns, como: Repartição, que foi importante na época (1641). Essa instituição foi extinta de 1852; Instituto Brasileiro do Sal; Comissão Executiva do Sal, das quais nenhuma existe mais.

O emprego do sal, hoje, é extremamente variado. É utilizado para produção de cloro, soda cáustica, barrilha, ácido clorídrico, vidro, alumínio, plásticos, têxteis, borracha, hidrogênio, celulose e muitos outros produtos químicos. está presente a composição de 104 dos 150 produtos químicos mais importantes.

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